quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Despedida...


Depois de tanto esperar uma resposta que não veio, eu resolvi levantar a cabeça e encarar como algo do acaso. Vai ver você tinha acabado de entrar no banho, e quando voltou eu já não estava mais lá. Não importa, foi tudo culpa do acaso.



Os dias passaram, as noites passaram e, eu mal me lembrei de você, a não ser quando alguém fazia algum comentário que tinha muito a sua cara... No mais, eu quase acreditei que não tinha problema nenhum você sumir daquele jeito. Não tinha problema você ter apagado tudo o que a gente passou, tudo o que a gente não disse, e mais ainda, tudo o que a gente disse sem dizer....



Eu juro que tentei acreditar e, por um bom tempo essa idéia me pareceu plausível, até que, em uma madrugada, inevitavelmente me encontrei com a sua realidade.

Lá estava seu carro. Te esperando como sempre, e te desejando boa sorte. Lá estava ele, parado no mesmo lugar...



Nada mais parece fazer sentido, pois enquanto eu passo minha madrugada procurando qualquer vestígio que me lembre a nossa madrugada, você deve estar por aí, cumprindo seu ritual e dando passos adiante.



Pode parecer estranho, mas vendo a nossa realidade tão de perto, tive a sensação de estar sendo abraçada.... Me descuidei por um segundo e senti o cheiro do seu perfume, o cheiro do seu carro, ouvi as músicas que você tanto gostava, como se tivessem vindo se despedir de mim...



E eu me digo que agora sim. Se até suas preciosidades já vieram se despedir, acho que dá pra começar a viver.

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